Gestão municipal pressiona professores para "abafar" o fato ocorrido.
Uma situação grave ocorrida na cidade de Bayeux, vem chamando a atenção da sociedade paraibana. Um adolescente de 16 anos, de posse de uma faca, atentou contra a vida de um professor, na área interna da escola. O fatídico fato ocorreu na Escola Municipal Maria do Carmo, localizada no Bairro do Mário Andreazza. O "lado bom" do gravíssimo fato, foi o fato do professor não ter sofrido ferimentos.
Ameaças aos professores - Após o ataque ao professor a gestão municipal tenta jogar o caso para debaixo do tapete. Os professores assustados pelo acontecimento, anunciaram que não iriam a escola no dia subsequente ao fato, a quarta-feira(04). Diante da negativa do corpo docente da escola, a direção entrou em contato com a secretaria de educação do município, que solicitou uma relação do faltosos. De forma arbitrária e desumana a secretaria de educação levanta a possibilidade de punir os professores.
A cidade presencia a omissão por parte da prefeitura, diante de um caso gravíssimo de tentativa de homicídio dentro de uma escola, a prefeitura recusa prestar um suporte psicológico imediato aos professores e alunos da escola.
Histórico e recomendações
Nos últimos anos, temos testemunhado um aumento preocupante no número de atentados em escolas no Brasil. São eventos que chocam e causam grande comoção na sociedade, deixando um rastro de dor e sofrimento para as vítimas e suas famílias.
É importante ressaltar que esses atos de violência são consequências de uma sociedade doente, que negligencia a educação e a saúde mental de seus jovens. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 10 a 20% dos jovens em todo o mundo têm problemas de saúde mental. Esses transtornos mentais incluem ansiedade, depressão e transtornos alimentares. Outro sintoma dessa sociedade é o bullying, problema comum entre os jovens e muitas vezes está relacionado com atitudes de violência.
Diante de um cenário tão amedrontador, estudantes e familiares passaram a se ver, constantemente, envoltos em um ambiente de apreensão. O que reverbera, obviamente, em consequências no dia a dia de gestores e professores.
A mais direta delas é o esforço em evitar que surjam novos ataques. O outro, tão importante quanto este, mas ainda mais sutil, é a necessidade de tranquilizar a comunidade escolar para que se evite ou minimize o surgimento de outro desdobramento: a evasão escolar.